quarta-feira, 23 de maio de 2012

NÃO LHE QUERO MAIS


Por você derramei pranto,
Você não quis nem saber.
Após ter sofrido tanto,
Eu decidi lhe esquecer,
Aos poucos fui lhe esquecendo
Depois você vem me dizendo
Que me tem amor sincero...
Fui no passado infeliz
Porque você não me quis
Mas agora eu não lhe quero.

Aos seus pés eu rastejei,
Supliquei por seu carinho
Rejeitou o que lhe dei,
Me deixando tão sozinho.
Encontrei um grande amor,
Deixei de ser sofredor,
Pois tenho alguém que venero.
Pra ter você, tudo eu fiz,
Porém você não me quis
Mas agora eu não lhe quero. 

Hélio Leite - Fevereiro/2000

domingo, 20 de maio de 2012

O BURRO


Vai ele a trote, pelo chão da serra,
Com a vista espantada e penetrante,
E ninguém nota em seu marchar volante,
A estupidez que este animal encerra.

Muitas vezes, manhoso, ele se emperra,
Sem dar uma passada para diante,
Outras vezes, pinota, revoltante,
E sacode o seu dono sobre a terra.

Ma contudo! Este bruto sem noção,
Que é capaz de fazer uma traição,
A quem quer que lhe venha na defesa,

É mais manso e tem mais inteligência
Do que o sábio que trata de ciência
E não crê no Senhor da Natureza.

Patativa do Assaré

segunda-feira, 14 de maio de 2012

VILLA BELLA JORNAL

Eu agradeço ao amigo, poeta e presidente da Academia Serra-talhadense de Letras, Dierson Ribeiro, por sempre divulgar meus poemas no Villa Bella Jornal.
Hélio Leite e Dierson Ribeiro - Serra Talhada - 2010

sexta-feira, 4 de maio de 2012

DIA NACIONAL DA CAATINGA

No último dia 28 de abril, o amigo Miguel Leonardo fez aniversário. Essa data tem uma importância dupla pra ele, pois é também o DIA NACIONAL DA CAATINGA, "MATA BRANCA", na lingua Tupi. E esse professor de geografia, apaixonado pela natureza, não mede esforços nem distância pra registrar cenas como esta. Seu acervo de fotos é imenso. Parabéns, Poeta!


terça-feira, 1 de maio de 2012

EU QUERIA RECOMEÇAR


Eu queria poder recomeçar,
Voltar para o início do meu passado.
Só assim poderia consertar
Os tantos erros por mim praticados.

Quantas coisas boas deixei passar,
Quantos momentos lindos não vivi,
E só agora eu posso calcular
Tudo quanto no passado perdi.

Eu falei tantas coisas sem pensar,
Foram tantas que pensei e não disse...
Sinto um arrependimento sem par
Só por ter feito tamanha tolice.

Não fiz tantas coisas por sentir medo
E diversas que fiz foram em vão,
Guardei comigo inúmeros segredos,
Os quais machucaram meu coração.

Chances que perdi não as terei mais.
Por isso é que vivo tão descontente.
Se fosse possível voltar atrás
Queria fazer tudo diferente.
 
Hélio Leite - 2002