segunda-feira, 31 de outubro de 2011

QUERIDA JATIÚCA

Ó querida Jatiúca
A saudade me machuca
Todo dia sem parar.
Jatiúca, Jatiúca
Ai que vontade maluca
De novamente voltar!

sábado, 29 de outubro de 2011

O ABRAÇO E A SAUDADE


Nem mesmo a força do vento,
Que não respeita ninguém,
Representa dez por cento
Da força que o abraço tem.

O abraço é como um laço
Que doma um touro feroz.
Não fosse a força do abraço
O que seria de nós?


A saudade verdadeira
Não cabe em “cofres” pequenos.
Martiriza a vida inteira,
Mas, dividida, dói menos. 

Dedé Monteiro - Tabira/PE



segunda-feira, 24 de outubro de 2011

NUNCA MAIS

Relembro cada momento
Que nós passamos juntinhos,
Pois guardo no pensamento
Os teus beijos, teus carinhos...
Fico sem tranquilidade
Sentindo muita saudade,
Saudade de ti meu bem
E sofro bem mais por quê
Depois que beijei você
Nunca mais beijei ninguém.

Hélio Leite - 24/10/2011


quarta-feira, 19 de outubro de 2011

AH SE VOCÊ ME QUISESSE!

Você possui mais beleza
E mais perfume que a flor
É bela por natureza,
É enorme o seu valor.
O seu olhar me domina,
Seu abraço me fascina,
Seu sorriso me enlouquece...
Vivo sonhando acordado,
Suspirando apaixonado...
Ah se você me quisesse!

Hélio Leite - 19/10/11

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

COMO DÓI

Como dói ouvir um “não”,
Como dói sofrer calado,
Como dói a solidão,
Como dói não ser amado,
Como dói ter que seguir
Sem saber pra onde ir,
Como dói sentir saudade,
Como dói a despedida,
Como dói passar a vida
Sem ter a felicidade!

Hélio Leite - 17/10/11

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

LADRÃO BARATO


Muita coisa interessante
Em Jatiúca se passa.
O que vou contar agora
O leitor vai achar graça,
Pois um sujeito qualquer
Roubou de certa mulher
O seu litro de cachaça.

Ele chegou de mansinho
E na casa dela entrou,
Palestrando com a mesma
Que de nada suspeitou.
Ela foi ver o fogão
E foi esta ocasião
Que o malandro aproveitou.

Quando ele se viu sozinho
E o litro em cima da mesa,
Não perdeu um só segundo,
Usou da sua esperteza,
Correu pra o sítio Santana,
Pois sua sede de cana
Era grande com certeza.

A mulher chegou na sala,
Num instante percebeu
Que seu litro não estava,
Atrás do cabra correu,
Mas ele foi muito esperto,
Não estava mais por perto,
Logo desapareceu.

A velha ficou valente,
Fez um grande espalhafato,
Dizendo: - na minha pinga
Ele deu bote de gato...
Eu vou sair atrás dele
E na hora que eu pegar ele
Não terá perdão, eu mato!

E correu feito uma louca
Até a rua do Oiti,
Gritando desesperada:
“Lá vai o ladrão ali!
Não agüento correr mais
Vai fulano corre atrás
Que fico esperando aqui.”

Um rapaz que ali estava
Sentiu pena da coitada,
Montou numa bicicleta
E saiu em disparada
E logo que ele alcançou
Desta maneira falou:
“Pare aí meu camarada!”

O sujeito quando ouviu
Parou e não disse nada,
O rapaz disse: - “colega,
A mulher está zangada
Pediu para eu lhe pegar,
Mas basta você deixar
Eu tomar uma bicada.”

Bebeu uma caprichada,
Do cabra se despediu,
Voltou muito satisfeito
E quando a coitada o viu
Correu ao encontro dele,
Disse o rapaz: - “Não vi ele,
Essa altura já sumiu.”

“Ladrão” de litro de pinga
É “barato” até demais,
Se um gostava de beber
O outro gostava bem mais.
Neste fato relatado
Eu mostrei que o viciado
De qualquer coisa é capaz!

Hélio Leite
Jatiúca, 13/04/00