sábado, 30 de outubro de 2010

Festa de Aniversário da Caravana do Cordel

Convite Especial

Será motivo de muita alegria contar com a sua presença em nossa Festa de Aniversário

Local: Biblioteca Latino Americana Victor Civita

Memorial da América Latina. Metrô/trem – Barra Funda

Horário: das 15h00 às 19h30min

Data: 13/11/2010

Programação:

.Feira de Literatura de Cordel (compra & venda)

.Poetas Cordelistas & Repentistas

.Exposição de Xilogravura

.Apresentação Musical

.Lançamento de livros

.Editores & Editoras

.Recital & Cantoria

.Palestra

Confirme sua presença/informações: varnecicordel@yahoo.com.br

11 8452-0744

Mote de Cicinho Gomes

A VIDA SÓ TEM SENTIDO
ENQUANTO HOUVER ILUSÃO

Entrei na maré do vício
Sem conhecer suas águas,
Tentando afogar as mágoas
Do meu cruel sacrifício.
Quis me arrepender no início,
Mas faltou disposição...
Fiquei procurando, em vão,
O que nem tinha perdido...
A vida só tem sentido
Enquanto houver ilusão.

Dedé Monteiro - Tabira - PE

terça-feira, 26 de outubro de 2010

POETA DEDÉ MONTEIRO EM 1º LUGAR


O poeta Dedé Monteiro obteve o 1º lugar na classificação do 4º PRÊMIO INTERNACIONAL POESIA AO VÍDEO promovido pela FLIPORTO DIGITAL com o poema: AS QUATRO VELAS.

1º LUGAR: Francisco Petronio Pires (editor responsável), PE, "AS QUATRO VELAS", poema de Dedé Monteiro (43%, 96.024 Votos)
2º LUGAR: Roberto Pimentel Pontes (editor responsável), RJ, "FLUXO", Poema de Línox / Shala Andirá / Roberto Pontes (38%, 86.252 Votos)
3º LUGAR: Jeanderson José G. dos Santos, (editor responsável), PE, "CORPO URB", poema de Mariane Bigio (13%, 28.547 Votos)

Parabéns ao poeta de Tabira e aos demais participantes.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

AS QUATRO VELAS - DEDÉ MONTEIRO

SONETO DO POETA DEDÉ MONTEIRO CONCORRE NO
4º PRÊMIO INTERNACIONAL POESIA AO VÍDEO 2010 - FLIPORTO DIGITAL



As Quatro Velas

Quatro velas ardiam sobre a mesa,
E falavam da vida e tudo o mais.
A primeira, tristonha: “Eu sou a PAZ,
Mas o mundo não quer me ver acesa…”

A segunda, em soluços desiguais:
“Sou a FÉ! Mas é triste a minha empresa:
Nem de Deus se respeita a Realeza…
Sou supérflua, meu fogo se desfaz…”

A terceira sussurra, já sem cor:
“Estou triste também, eu sou o AMOR…
Mas perdi o fulgor como vocês…”

Foi a vez da ESPERANÇA – a quarta vela:
“Não desiste ninguém! A Vida é bela!
E acendeu novamente as outras três!

DEDÉ MONTEIRO
Tabira, 12/02/2009

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

20 de Outubro - Dia do Poeta




O Poeta
...

Todo poeta é um louco
Imensamente feliz.
Por muito que diga pouco,
Diz muito o pouco que diz.
...

O poeta é um condor:
Voa e sonha a vida inteira,
Mas chora vendo uma flor
Caída aos pés da roseira.

Dedé Monteiro
Tabira, 14/03/1998


*****
Autopsicografia

O poeta é um fingidor
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve
Na dor lida sentem bem
Não as duas que ele teve
Mas só as que ele não têm

E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão
Esse comboio de corda
Que se chama coração

Fernando Pessoa

*****

Dia 20 de Outubro - Dia Nacional do Poeta

O "Dia do Poeta" parece ter sido escolhido sem uma razão específica. O Decreto-Lei No 66 de 30 de Agosto de 1978 da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, não procura justificar a data.
O "Dia do Poeta" também é comemorado em outros lugares do Brasil, no dia 4 de outubro.
De norte a sul, outros dias
Dia 16 de agosto - Dia do Poeta Recifense

Comemora-se o "Dia do Poeta Recifense", no dia do nascimento de Mauro Mota, também chamado de "Poeta das Elegias", ocorrida em 1911, no Recife.

Dia 4 de dezembro - Dia do Poeta Repentista Gaúcho

Nesta data o Decreto-Lei No 8.814, de 10 de janeiro de 1989, fixa o "Dia do Repentista Gaúcho" e do "Artista Regional Gaúcho".

Todo o dia é "Dia de Poesia"...

Moacyr Mallemont Rebello Filho (Historiador)

sábado, 16 de outubro de 2010

3º Pajeú em Poesia


"A ORQUESTRA DA VIDA É A CULTURA
E O POETA É SEU MESTRE DE HARMONIA"


Em sua terceira edição o Pajeú em Poesia reune diversos nomes importantes da literatura popular sertaneja para homenagear o poeta Dedé Monteiro.
O evento acontecerá no dia 14 de novembro de 2010, a partir das 20h, no MG Bar em Afogados da Ingazeira.
Os ingressos custam R$ 10,00 (incluindo senha para sorteios)

Serviço:
3º PAJEÚ EM POESIA – Homenagem ao Poeta Dedé Monteiro
Local: MG Bar, Afogados da Ingazeira/PE
Dia: 14 de novembro de 2010
Horário: 20h
Entrada: R$ 10,00

Maiores informações: Alexandre Moraes (87) 99331797

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

O PELO SINAL DO PROFESSOR

Nas classes que eu leciono
Tem gente que me detesta,
Mas eu conheço quem presta
PELO SINAL.

Porém não desejo o mal
A quem me causa desprezo.
Prefiro sofrer o peso
DA SANTA CRUZ.

Nós somos como Jesus:
Sofremos a vida inteira...
Mas de perder a cadeira
LIVRAI-NOS DEUS.

Com os vencimentos meus
Faço a feira resumida,
Porque o custo de vida,
NOSSO SENHOR!

A gente gasta um horror
No dia do pagamento...
Mas não dá nem pro sustento
DOS NOSSOS...

Alisa pagando troços
Nas casas dos vendedores,
Pra não ficar com credores
INIMIGOS.

Hoje não há mais castigos...
Por isso o aluno enrola,
E só freqüenta a escola
EM NOME DO PAI...

E quando o garoto sai
Com tarefas pra fazer,
Tem pai que faz o dever
DO FILHO.

E assim nesse trocadilho
Todo mês a nota sobra,
E o mestre pensa que é obra
DO ESPÍRITO SANTO...

Eles me enrolam, no entanto
A culpa é do trapaceiro.
Eu recebendo o dinheiro:
AMÉM!

Dedé Monteiro
Tabira, 1971

Do livro: Retalhos do Pajeú

SETE ANOS SEM AUMENTO

SETE ANOS SEM AUMENTO
NÃO É BRINCADEIRA NÃO

(Greve dos professores)

Sete fevereiros faz,
Segundo informes tranqüilos,
Que um bujão de treze quilos
Custava uns sete reais.
Hoje, é vinte e dois ou mais.
Houve ou não houve inflação?
Faça a pergunta ao fogão
Que ele diz quanto por cento...
Sete anos sem aumento
Não é brincadeira não.

Na bandalheira infernal
Do cenário que eu contemplo,
O gás é só um exemplo,
Pois o desmando é geral.
De barato, além de sal,
Só tem: desculpa, perdão,
Conselho, aperto de mão,
Descaso e constrangimento.
Sete anos sem aumento
Não é brincadeira não.

Aumento sempre acontece.
Sobe tudo todo dia.
O monstro da carestia
Freqüentemente aparece.
Só tem algo que não cresce,
Permanece eterno anão:
O salário que nos dão
No dia do pagamento...
Sete anos sem aumento
Não é brincadeira não.

O “chefe” mandou dizer
Em tom de “benevolência”:
“Mestres, tenham paciência
Que, em março, eu vou resolver...”
Ah coisa ruim de fazer,
Essa conta do patrão!...
Se for multiplicação,
Diminui nosso tormento.
Sete anos sem aumento
Não é brincadeira não.

Não adianta ameaça
Como a que fez no domingo...
Isso não resolve um pingo.
Se quer fazer mais que faça.
Galo é quem canta de graça,
Basta ter milho no chão.
Respeite a educação,
Mostre que tem sentimento.
Sete anos sem aumento
Não é brincadeira não.

Não vá dizer que a escola
É prioridade sua,
Se o professor continua
Recebendo a mesma esmola,
Esmola que descontrola
O motor da vocação,
Porque, sem manutenção,
Motor não faz movimento.
Sete anos sem aumento
Não é brincadeira não.

Sete anos de pobreza
Desencanta o professor,
Sete anos de “terror”
Destrói qualquer fortaleza,
Sete anos de incerteza
Enfraquece a profissão,
Sete anos de opressão
Multiplica o sofrimento,
Sete anos sem aumento
É brincadeira do cão!...

DEDÉ MONTEIRO
Tabira, 25/02/2002

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Outro Mote

POESIA SE FAZ ASSIM

Tendo inverno no sertão
O camponês "enriquece"
E muito feliz agradece
Ao autor da criação.
Corre água em ribeirão,
A mata vira um jardim,
Numa alegria sem fim
Canta toda passarada
No romper da alvorada...
Poesia se faz assim.

Hélio

Mote de Dedé Monteiro

Virei um fusquinha usado
Distante da rodovia.


Já fui caminhão trucado
Potente que só o cão!
Não demorou muito não
Virei um fusquinha usado.
No tempo da juventude
Cheio de força e saúde
Nenhuma carga eu temia,
Os dias foram passando
E agora vou me arrastando
Distante da rodovia.

Hélio Leite

Não valeu a pena não.
Hoje o que eu fiz me condena.
Meu caminhão do passado
Virou coisa tão pequena
Que, além de não pegar carga,
Foi retirado de cena...

Dedé Monteiro