terça-feira, 22 de março de 2011

DIA MUNDIAL DA ÁGUA


SE A ÁGUA É FONTE DE VIDA
NÃO DEIXE A VIDA MORRER

Já que não nos é possível
Barrar as águas dos rios
Para, durante os estios,
Matar a sede terrível;
Se o sol vai baixar o nível
Da água que faz viver,
É necessário aprender
A não fazê-la ofendida.
Se a água é fonte de vida,
Não deixe a vida morrer.

Nesta terra abençoada,
Embora incompreendida,
Mesmo sem ser respeitada,
A água é fonte de vida.
Fonte de vida e de paz,
Porque sua falta traz
Desespero e desprazer.
Faça o que possível for,
Trate a água com amor,
Não deixe a vida morrer.

Pra quem possui consciência,
Nada traz mais desconforto
Do que ver um rio morto
No florescer da existência.
O rio a pedir clemência
Vendo a “ferida” crescer,
E os doutores do poder
Sem cuidar dessa ferida.
Se a água é fonte de vida,
Não deixe a vida morrer.

Recife, o Capibaribe,
Em São Paulo, o Tietê:
Fossas que o descaso exibe...
E as providências, cadê?...
Se a responsabilidade
Não renascer de verdade,
Pra coisa ser revertida,
Como uma espécie que afronta,
A morte vai tomar conta,
Matando a Fonte da Vida.

Em lugar de carro-pipa
Que tanto nos faz sofrer,
Poços, cisternas, açudes...
Água pra sobreviver.
A sagrada natureza
Exige a nossa defesa
Pra vida ser revivida.
Façamos, pois, por favor,
Uma corrente de amor
Em prol da Fonte da Vida!

Dedé Monteiro - Tabira/2004

domingo, 20 de março de 2011

MAIS UM LIVRO DE DEDÉ MONTEIRO

Capa
Capa e Orelha
Contra capa e Orelha
Primeira pág.

Este é o mais novo livro do Poeta Dedé Monteiro, são 177 páginas da mais autêntica poesia sertaneja.

Uma amostra:


O NORDESTE SE ENFEITA E SE PERFUMA
QUANDO O PRANTO DA NUVEM SE DERRAMA

Sem chover, o sertão fica pra trás;
Quando chove demais, fica também.
Deus precisa ficar num vai e vem,
Sem chover nem de menos nem de mais…
Pra provar que os contrastes naturais
Fazem parte do chão que a gente ama,
Sertanejo agradece pela lama,
Mas também sem o sol não se acostuma,
E o nordeste se enfeita e se perfuma
Quando o pranto da nuvem se derrama.

Tabira, 24/06/08

segunda-feira, 14 de março de 2011

14 DE MARÇO - DIA NACIONAL DA POESIA

A poesia é a arte da linguagem humana, do gênero lírico, que expressa sentimento através do ritmo e da palavra cantada. Seus fins estéticos transformaram a forma usual da fala em recursos formais, através das rimas cadenciadas.
As poesias fazem adoração a alguém ou a algo, mas pode ser contextualizada dentro do gênero satírico também.
Existem três tipos de poesias: as existenciais, que retratam as experiências de vida, a morte, as angústias, a velhice e a solidão; as líricas, que trazem as emoções do autor; e a social, trazendo como temática principal as questões sociais e políticas.
A poesia ganhou um dia específico, sendo este criado em homenagem ao poeta brasileiro Antônio Frederico de Castro Alves (1847-1871), no dia de seu nascimento, 14 de março.
Castro Alves ficou conhecido como o “poeta dos escravos”, pois lutou grandemente pela abolição da escravidão. Além disso, era um grande defensor do sistema republicano de governo, onde o povo elege seu presidente através do voto direto e secreto.
Sua indignação quanto ao preconceito racial ficou registrada na poesia “Navio Negreiro”, chegando a fazer um protesto contra a situação em que viviam os negros. Mas seu primeiro poema que retratava a escravidão foi “A Canção do Africano”, publicado em A Primavera.
Cursou direito na faculdade do Recife e teve grande participação na vida política da Faculdade, nas sociedades estudantis, onde desde cedo recebera calorosas saudações.
Castro Alves era um jovem bonito, esbelto, de pele clara, com uma voz marcante e forte. Sua beleza o fez conquistar a admiração dos homens, mas principalmente as paixões das mulheres, que puderam ser registrados em seus versos, considerados mais tarde como os poemas líricos mais lindos do Brasil.
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola


A POESIA

Explicar a POESIA,
Ninguém consegue explicar.
É mais pesada que o chumbo,
É leve igualmente o ar…
É fina como o cabelo,
É bela como o luar!
Toca na alma da gente,
Fazendo rir ou chorar…
Faz a tristeza morrer
E o sonho ressuscitar...
A POESIA é tão santa
Que, quando um poeta canta,
Deus para pra escutar!
E, pra terminar, meu hino,
A POESIA, seu menino,
Como tudo que é divino
Não dá pra gente pegar…
Se eu pegasse a POESIA,
Porta em porta sairia
Igual um mendigo faz,
Pedindo não, dando esmola;
Tocando a minha "viola",
Cantando a canção da PAZ!

Dedé Monteiro

terça-feira, 8 de março de 2011

QUERER E PODER

Dia Internacional da Mulher de 2005

Mulheres todas, hoje é o grande dia!
Não qualquer dia como outro qualquer.
Hoje é seu dia! Vibrem de alegria!
Oito de Março, Dia da Mulher!

E não se esqueçam de, nessa euforia,
Reivindicar o que lhes aprouver.
Não se contenta só com ninharia
Quem tem certeza do que pode e quer.

Ninguém duvida que, na humana esfera,
Quem quer e pode, sempre se supera
E chega aos louros, com riso ou com pranto.

Que vocês queiram, cada dia mais,
E um dia possam construir a paz
Que os homens podem, mas não querem tanto.

Dedé Monteiro - 08/03/05

domingo, 6 de março de 2011

CARNAVAL

 Carnaval, tempo alegre, louco e santo,
Entre a sexta e a quarta da saudade,
Onde tudo revela um tanto ou quanto
De alegria, loucura e santidade.

Dedé Monteiro

UNIDOS DA POESIA

Há suprema alegria e inspiração
Na comissão de frente, fantasias...
Belas evoluções e alegorias
Farão do nosso bloco o campeão.

Destarte – com a palavra em bom refrão –
Unidos cantaremos nestes dias,
Ante flamas douradas, primazias,
Enaltecendo o Verbo, grão a grão...

Nossa agremiação só quer provar
Que é justo e divinal o poetar,
Posto que a Poesia é luz, é vida...

Assim, em vez de enredos (velhos temas),
Sonetos, novos versos e poemas,
É o que vamos mostrar lá na avenida!

Rubenio Marcelo

terça-feira, 1 de março de 2011

PENSANDO EM NÓS

O tempo passa veloz
E eu vivo pensando em nós
Sem perder a esperança
De contigo ser feliz,
Há um ditado que diz:
Quem espera sempre alcança”.

E mesmo que eu não alcance,
Que nunca tenha essa chance
Seguirei pensando em nós
Pro resto da minha vida
Com minh’alma dolorida,
Nesta solidão atroz! 

Hélio Leite - Fevereiro de 2011