(mote de Alexandre Morais – para o 5º Pajeú em Poesia)
O que vem de raiz impõe respeito;
Por exemplo: o xaxado e o baião.
Não se pode mexer com tradição,
Nem tratá-la com ranço ou preconceito.
Quem disser: “esta arte eu não aceito!”,
Esqueceu que é humano e ela é divina,
E que o artista, em si mesmo, traz a sina
De tentar melhorar a humanidade.
A CULTURA É O MANTO DA IGUALDADE:
NÃO DESTRÓI, NÃO EXCLUI, NEM DISCRIMINA.
Alexandre é “o cara” da cultura,
Pra quem tiro o chapéu todo momento.
Seu projeto retrata o seu talento,
Seu caráter jamais se desfigura.
“Pajeú em Poesia” não censura
A pureza da alma campesina.
Ele só não concorda, e nem combina,
Com quem pisa na nossa identidade.
A CULTURA É O MANTO DA IGUALDADE:
NÃO DESTRÓI, NÃO EXCLUI, NEM DISCRIMINA.
Esta “Mesa” forrada de repente
E enfeitada por vates geniais,
Vem mostrar que o sertão tem muito mais
Do que fome, pobreza e terra quente.
E o poeta, de forma inteligente,
Transbordando da verve nordestina,
Vem provar que o divino só termina
Quando um dia matarem a liberdade.
A CULTURA É O MANTO DA IGUALDADE:
NÃO DESTRÓI, NÃO EXCLUI, NEM DISCRIMINA.
Dedé Monteiro
A cultura de
um povo é seu escudo
A reserva
maior da educação
Preservando-a
constrói-se uma nação
De uma gente
feliz que tem de tudo
Sem cultura
este povo fica mudo
Perde a fé,
não tem força, se elimina
Desprezar as
raízes nada ensina
Cultivar sua
arte traz verdade
A CULTURA É O MANTO DA IGUALDADE:
NÃO DESTRÓI, NÃO EXCLUI, NEM DISCRIMINA.
Jorge Filó
A cultura pra mim é o xaxado
É o aboio penoso do vaqueiro
É a vela na mão do jangadeiro
É um carro de boi lubrificado
É banha de porco e brilhantina
Uma bodega sortida na esquina
E uma novena na comunidade
A CULTURA É O MANTO DA IGUALDADE:
NÃO DESTRÓI, NÃO EXCLUI, NEM DISCRIMINA.
Miguel Leonardo
A Cultura é
o símbolo mais perfeito
Da história
das civilizações
Porque cria
e preserva tradições
Com orgulho,
emoção, dom e respeito
Coração
maternal sem preconceito
Com escolha,
etnia ou melanina
Não aceita
influência nem propina
Mas aceita
somar boa vontade
A CULTURA É O MANTO DA IGUALDADE:
NÃO DESTRÓI, NÃO EXCLUI, NEM DISCRIMINA.
Zé Adalberto
Pra tentar
nivelar a raça humana
Hitler fez o
que fez na Alemanha,
Dizimou
cidadãos numa campanha
Tão imunda,
covarde e tão tirana.
E o sangue
jorrado em terra plana
É o manto
que o mundo hoje abomina,
Não aquece,
não cresce e não ensina
Como faz a
cultura de verdade,
A CULTURA É O MANTO DA IGUALDADE:
NÃO DESTRÓI, NÃO EXCLUI, NEM DISCRIMINA.
Elenilda Amaral
Arco íris só
brilha quando chove
Passarinho
não canta na prisão
Um mendigo
implora por um pão
Tudo isso
aos poucos me comove.
Poesia é
sustento que me move
Quando faço
é deus que me ensina
Co’ o poder
minha mente ilumina
Pra falar
sobre vida sem maldade
A CULTURA É O MANTO DA IGUALDADE:
NÃO DESTRÓI, NÃO EXCLUI, NEM DISCRIMINA.
Erivoneide
Amaral
É a placa
que apontando o destino
É lição para
aquele que deseja
É a fonte do
saber quando se almeja
É um mestre
na vida de um menino
Companhia do
poeta Pelegrino
É a rima de
uma estrofe pequenina
Emoção que a
alma contamina
Demonstrando
toda sua intensidade
A CULTURA É O MANTO DA IGUALDADE:
NÃO DESTRÓI, NÃO EXCLUI, NEM DISCRIMINA.
Wellington
Rocha
Na cultura
quem mira sempre acerta
Desde um
clássico composto por Sivuca
Carimbó
cantado por Pinduca
Lá no sul
vanerão é coisa certa
Parintins dá
um grito de alerta
Caprichoso e
Garantido é coisa fina
O São João
das ruas de Campina
A catira lá
em Natividade
A CULTURA É O MANTO DA IGUALDADE:
NÃO DESTRÓI, NÃO EXCLUI, NEM DISCRIMINA.
Temos a
vaquejada em Surubim,
Tem o fank
dos morros e dos guetos
Tem a festa
de peão lá em Barretos
Festival de
inverno em São Joaquim
Lá em São
Domingos do Capim
É surf no
rio quem domina,
Em Lençóis,
na Chapada Diamantina
O reisado
dita o ritmo na cidade.
A CULTURA É O MANTO DA IGUALDADE:
NÃO DESTRÓI, NÃO EXCLUI, NEM DISCRIMINA.
Quando
escuto Pena Branca e Xavantinho
Gonzagão,
Tonico e Tinoco
Castanha e
Caju cantando coco
Vejo a arte
espalhada no caminho
E um verso
do sábio Canhotinho
É cultura na
forma cristalina
Emitida do
fundo de uma mina
Quem ninguém
sabe a profundidade
A CULTURA É O MANTO DA IGUALDADE:
NÃO DESTRÓI, NÃO EXCLUI, NEM DISCRIMINA.
Ademar
Rafael - Marabá-PA
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ResponderExcluirPajeu se transforma num celeiro
Uma fonte tão rica de poetas
Cito um que atingiu todas as metas
O exemplo maior, Dedé Monteiro.
Quem nasceu nesse chão pajeuzeiro
Trouxe a verve poética como sina
No sertão essa área predomina
Com poetas de alta qualidade
A cultura é o manto da igualdade:
Não destrói, não exclui, nem discrimina.
Carlos Aires
Poeta Carlos Aires,
ExcluirBelíssima glosa!
Obrigado pela visita e um forte abraço!
Grande poeta Hélio, parabéns pelo belíssimo blog. Forte abraço!
ResponderExcluirPoeta Henrique Brandão,
ExcluirMuito obrigado pela visita e pelo elogio!
Um forte abraço!