SE A ÁGUA É FONTE DE VIDA
NÃO DEIXE A VIDA MORRER
Já que não nos é possível
Barrar as águas dos rios
Para, durante os estios,
Matar a sede terrível;
Se o sol vai baixar o nível
Da água que faz viver,
É necessário aprender
A não fazê-la ofendida.
Se a água é fonte de vida,
Não deixe a vida morrer.
Nesta terra abençoada,
Embora incompreendida,
Mesmo sem ser respeitada,
A água é fonte de vida.
Fonte de vida e de paz,
Porque sua falta traz
Desespero e desprazer.
Faça o que possível for,
Trate a água com amor,
Não deixe a vida morrer.
Pra quem possui consciência,
Nada traz mais desconforto
Do que ver um rio morto
No florescer da existência.
O rio a pedir clemência
Vendo a “ferida” crescer,
E os doutores do poder
Sem cuidar dessa ferida.
Se a água é fonte de vida,
Não deixe a vida morrer.
Recife, o Capibaribe,
Em São Paulo, o Tietê:
Fossas que o descaso exibe...
E as providências, cadê?...
Se a responsabilidade
Não renascer de verdade,
Pra coisa ser revertida,
Como uma espécie que afronta,
A morte vai tomar conta,
Matando a Fonte da Vida.
Em lugar de carro-pipa
Que tanto nos faz sofrer,
Poços, cisternas, açudes...
Água pra sobreviver.
A sagrada natureza
Exige a nossa defesa
Pra vida ser revivida.
Façamos, pois, por favor,
Uma corrente de amor
Em prol da Fonte da Vida!
Dedé Monteiro - Tabira/2004
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