Tá vendo aquela cacimba
Lá na bêra do riacho,
Im riba da ribancêra,
Qui fica, assim, pru dibáxo
De um pé de Tamarinêra?
Pois, um magóte de môça
Quage toda menhanzinha,
Foima, assim, aquela tuia,
Na bêra da cacimbinha
Tomando banho de cuia!
Eu não sei pru quê razão,
As águas dessa nacente,
As águas qui alí se vê,
Tem um gosto deferente
Das cacimba de bêbê...
As águas da cacimbinha
Tem um gôsto mais mió.
Nem sargada, nem insôça...
Tem um gostim do suó
Dos suvaco déssas môça...
Quando eu vejo éssa cacimba,
Qui inspio a minha cara
E a cara torno a inspiá,
Naquelas águas quilára,
Pego logo a desejá...
... Desejo, prá quê negá?
Desejo ser um caçote,
Cum dois óio dêsse tamanho!
Prá vê, aquele magóte
De môça tumando banho!
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