A aranha, famosa artista
E ao mesmo tempo tramista,
Vive da desgraça alheia,
Tem tudo a todo momento,
Pois nunca falta o alimento
Nos fios de sua teia.
O besouro incauto voa
E finda ficando à toa
Naquela dura prisão,
Assim, a sabida aranha,
Colhe com a sua manha
A sua alimentação.
O pequeno animalzinho
Segue livre o seu caminho
Sem conhecer da maranha
Quando involuntariamente
Se encontra aquele inocente
Na falsa rede da aranha.
Parado na teia o inseto
Passa uns momentos inquieto
Mas não pode se livrar,
Preso naquele tecido
Sente que está proibido
Seu direito de voar.
Os nossos analfabetos
São como aqueles insetos,
Com a mesma circunstância
Seus direitos são negados
E vivem subordinados
Na teia da ignorância.
Patativa do Assaré
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