(Uma História de Dor e Libertação)
Quem respeita como igual
Cada irmão, seja quem for;
Quem considera normal
Quem não tem a sua cor;
Quem, numa santa atitude,
Alia-se à negritude,
Sem sinal de distinção,
Demonstra que tem, de fato,
Consciência de um relato
De dor e libertação.
Quem vê em Castro um poeta
De enorme sabedoria,
Cuja vocação completa
Foi defender quem sofria;
Quem admira Nabuco,
Uma voz de Pernambuco
Contra o mal da escravidão,
Mostra em sua trajetória
Consciência de uma história
De dor e libertação.
A bem da santa verdade,
Quem não é cego e distingue
Que ninguém quis igualdade
Mais que Martin Luther King;
Quem tem Zumbi como santo,
Por ter se empenhado tanto
Na luta de cada irmão,
Tem a alma atormentada
Por uma história mesclada
De dor e libertação.
Neste universo corrupto
Que a desigualdade impera
E onde o Branco, absoluto,
Esturra feito uma fera,
Os filhos de Ganga Zumba
Cochicham na sua tumba
Esta sublime oração:
“Pai, você é a bandeira
Dessa História verdadeira
De dor e libertação”!
Neste ambiente nefando
De liberdade em declínio,
O negro está precisando
De outro Zé do Patrocínio...
De outro Josué de Castro,
Pra vir brilhar como astro
Dentro dessa escuridão...
De outro Tobias Barreto,
Poeta valente e preto
Louco por libertação!
Que o nosso Gilberto Gil
Faça plantar mil “sementes”,
Pra no chão deste Brasil
Nascerem mil Tiradentes!
Sementes feitas de fé,
Como as do Projeto Axé,
Tão humano e tão cristão,
Com Carlinhos Brown à frente,
Numa tentativa ardente
De fazer libertação.
Que Luiz Inácio Lula,
O presidente moreno,
Para que o pobre se bula
Conceda ajuda e terreno.
É melhor não prometer
Pra não ficar a dever
Trabalho a quem não tem pão.
Lula, arregace a camisa,
Lembre que o povo precisa
De emprego e libertação!
Dedé Monteiro
Tabira, 20 de novembro de 2004,
Dia Nacional da Consciência Negra.
Quem respeita como igual
Cada irmão, seja quem for;
Quem considera normal
Quem não tem a sua cor;
Quem, numa santa atitude,
Alia-se à negritude,
Sem sinal de distinção,
Demonstra que tem, de fato,
Consciência de um relato
De dor e libertação.
Quem vê em Castro um poeta
De enorme sabedoria,
Cuja vocação completa
Foi defender quem sofria;
Quem admira Nabuco,
Uma voz de Pernambuco
Contra o mal da escravidão,
Mostra em sua trajetória
Consciência de uma história
De dor e libertação.
A bem da santa verdade,
Quem não é cego e distingue
Que ninguém quis igualdade
Mais que Martin Luther King;
Quem tem Zumbi como santo,
Por ter se empenhado tanto
Na luta de cada irmão,
Tem a alma atormentada
Por uma história mesclada
De dor e libertação.
Neste universo corrupto
Que a desigualdade impera
E onde o Branco, absoluto,
Esturra feito uma fera,
Os filhos de Ganga Zumba
Cochicham na sua tumba
Esta sublime oração:
“Pai, você é a bandeira
Dessa História verdadeira
De dor e libertação”!
Neste ambiente nefando
De liberdade em declínio,
O negro está precisando
De outro Zé do Patrocínio...
De outro Josué de Castro,
Pra vir brilhar como astro
Dentro dessa escuridão...
De outro Tobias Barreto,
Poeta valente e preto
Louco por libertação!
Que o nosso Gilberto Gil
Faça plantar mil “sementes”,
Pra no chão deste Brasil
Nascerem mil Tiradentes!
Sementes feitas de fé,
Como as do Projeto Axé,
Tão humano e tão cristão,
Com Carlinhos Brown à frente,
Numa tentativa ardente
De fazer libertação.
Que Luiz Inácio Lula,
O presidente moreno,
Para que o pobre se bula
Conceda ajuda e terreno.
É melhor não prometer
Pra não ficar a dever
Trabalho a quem não tem pão.
Lula, arregace a camisa,
Lembre que o povo precisa
De emprego e libertação!
Dedé Monteiro
Tabira, 20 de novembro de 2004,
Dia Nacional da Consciência Negra.
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